quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tua mão, tão suave, tão deliciosamente delicada

Mulher Nua - Isidore Pils


Tua mão, tão suave, tão deliciosamente delicada,
Descreve curvas sinuosas pelo meu corpo
Estendido preguiçosamente sobre o lençol.
Minha pele arrepia, meus pelos se eriçam,
Minha respiração cresce e meu corpo,
Tomado pelo prazer do teu toque, treme.
Meus olhos se reviram nas órbitas, e devaneio.
Em meu deleitoso enleio tu és como a brisa
Que passeia suave pelos campos verdejantes,
Fazendo rolarem as folhas pela terra nua
Da estrada que corta a relva perfumada,
Salpicada de miríade de pequenas flores,
Borrifos aspergidos por um pincel mágico
Sobre o manto viridente da relva balouçante.
Os minutos escorrem por entre as margens
De um tempo que minha mente, envolta
Tão completamente nos mistérios de tal prazer,
Perde-se no imponderável deleite e encantamento,
Que tua mão divina traz como dádiva preciosa
Ao meu corpo, que se regala num banquete
De imensurável gozo e infinito enlevo.
Por fim, meu corpo jorra e se aquieta extenuado,
Totalmente consumido pelo glorioso êxtase,
Magia intensa nascida da tua terna mão.

S. Quimas

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