sexta-feira, 6 de junho de 2014

Tu és e sempre serás, outrora e em todo devir

Retrato de Veronica Veronese - Dante Gabriel Rossetti


Tu és e sempre serás, outrora e em todo devir,
Aquela com quem a minha alma comunga.
Destruam-se e reconstruam-se universos,
Por toda a Eternidade de ti cativo serei.

Alongam-se os dias da minha extrema dor,
Mesmo o sol me parece frio e sem brilho,
Só a tua luz imorredoura poderá me iluminar,
Só a tua luz benfazeja poderá me aquecer.

Meu espírito definha, meu corpo sofre,
Nada pode aplacar a minha incontida sede,
Coisa alguma sacia a minha imensa fome.
Só tu, somente tu, amada, serás capaz.

Minha mente degenera, não acho os versos,
Fogem-me as palavras, perco as rimas,
Prostro-me frente ao papel e nada...
Pois só tu és, em verdade, a minha poesia.

Vem, amor! Toma-me num abraço estreito
E pousa teus doces lábios sobre os meus.
Toma meu corpo, minha castigada alma. Enfim,
Toma-me por completo, incessantemente.

Jamais se vá, pois partirá contigo também
O meu apaixonado e incontido coração.
Vem e persevera ao meu lado, seja minha,
Dê-me a eterna e gloriosa felicidade.

Tu és e sempre serás todo o meu amor!

S. Quimas

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