terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Pois é



Muitos querem derrubar um governo para impor um outro.
Por que não têm a ética de governar-se a si mesmo?
Numa sociedade ÉTICA cada um se reconhecesse como capaz e colabora, segundo a sua capacidade, possibilidade, para o Bem de si e de todos.
Bazófia. A maioria é filhos de irresponsabilidades, de covardia, de se desculparem em outros.
A humanidade é infantil e brinca no jogo da desgraça alheia. Liga a TV para levantar o pau e enrijecer o clitóris da sua própria concupiscência. Gozam na morbidez, logo que não chegue em seu lar.
Raça terrível. Flagelo da Natureza.
Não odeio, peço misericórdia.
Não me deem ouvido. Cada um caminha segundo sua ilusão. A minha é a infinita possibilidade, tal é o Universo, segundo a minha mera visão.
Minha visão não é pessimista. Há retidão no mundo: a loucura. Pois no mundo liberdade, igualdade de condições e direitos, fraternidade, ou seja, compreensão que cada ser tem o mesmo direito à existência e somos um elo é utopia. Seja. Sou apenas um louco, mas me prove que um sem razão. Prove.
Não há maior ciência que o amor, não o banal, o dito de boca para fora, porém aquele que emerge e é capaz de suportar a podridão do outro. Não para resgatá-lo, segundo a sua concepção do que seja o melhor, através de sua crenças, mas aquele que apesar de todos os pesares ainda luta e compreende os caminhos de cada um.
Não há abandono, há subida para tomar fôlego.
Queria ser um rasgo de luz, mas como a luz poderia sê-lo se ela se constrói em um Universo de escuridão para brilhar?
A luz não é sentido, nem direção. É apenas si mesma.
Não há questão maior, uma única há: quando começar...

S. Quimas

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Melhor



Melhor ser manipulado por minhas crenças pessoais, por minha loucura própria, por minhas ideologias particulares, por minhas próprias reflexões, do que por ideias alheias. Seria insano não ser fiel às minhas contradições, mas ainda jamais ter opinião que não evolua e possa se transformar, ou até mesmo se antagonizar.
Sou um complexo sempre em atividade, um jamais finalizado, projeto que se constrói a todo tempo, diretrizes que constantemente se adaptam, algo que se forma pela existência e não por padrões pré-concebidos.
Não há só Luz, mas também não só escuridão. Há um só todo exato momento e ele se chama "agora".
Não há prisão de memórias, se há muito pouca. Um ponto escuro no Yang, um ponto branco no Yiin.
A vida segue e o aprendizado com ela.
Não há somente tristeza, nem eterna alegria. Há tão somente consciência que não busca conforto, sujeição à estagnação.
O rio flui para o mar e o mar para o céu e o céu para a terra, e de novo forma rios e estes fluem: Eternidade.

S. Quimas

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A maior de todas as filosofias

Calvin e Haroldo


A maior de todas as filosofias é aquela que vem da experiência própria e de seu exame. Por mais que seja verdadeira a conclusão de outro, essa verdade não nos pertence. Até pode ser aceita como cabivelmente verdade, mas nossa realidade pessoal supera a verdade de outrem.
Há uma verdade coletiva, mas sempre pelo exame fundamental de nossa consciência própria.
Julgamento não é conclusão, é apenas proposta à nossa dúvida, uma instigação a que reflitamos ainda mais.
É no esmiuçar da possibilidade que caminhamos.
O ser é o nada todo possível, jamais o ser terminado.

Luz e paz.

S. Quimas

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Lagartos vomitam gestos de uma cultura usurpadora



Lagartos vomitam gestos de uma cultura usurpadora.
Não há previsão de consequência.
Isso jamais compreenderam em sua erudição.
O modelo é apenas viver
E ver o bicho que dá.
De toda certeza
A incerteza é a regra mais provável.
É reboliço de existência,
Pois a vida não se acomoda
E sempre se questiona.
Não há condução que não seja crença,
Melhor a abstinência de tê-las,
Melhor ouvir Vivaldi
Que a surdez de música.
Não que silêncio
Não seja um tanto preciso,
Mas porque a vida é imprecisão.
Contudo da vida nos resta o coração,
Não o órgão,
Porém o sentir.
Abandona isto e verás
Como é nula toda a coisa...
Bastam-me todos os filósofos,
Na minha cabeça já não cabem.
Tornei-me irracional:
Quero só existir e tão somente viver.
Seja assim a total ignorância da minha iluminação.

S. Quimas

sábado, 13 de dezembro de 2014

Reflexões

Cassini - Foto: NASA


O discurso do silêncio é a retórica mais perfeita frente à ignorância, pois os ouvidos de quem não quer se alimentar de sabedoria são mais surdos do que uma pedra.

A ação mais digna sempre será aquela que avalia o oponente como sendo si mesmo e reconhecendo a possibilidade de sermos tão falhos quanto ele.

A luz não busca as trevas, mas só brilha por ela existir.

O caminho do sábio é antes estrada para si mesmo.

Renunciar-se é ação de ser o Universo todo em si mesmo, mas não atitude de não se reconhecer ao contrário.

Não há busca, somos todos encontrados. A questão é que nossos sentidos são lentos em percebê-lo. Guia tua vida não por eles, mas pela confiança da tua própria Luz. Ainda que estiveres errado, melhor a mentira própria do que a que te tentam impingir. Que sejas falho, mas não te aquebrantes em meio ao caminho. A perfeição está no caminhar. Não há afinal encontro, pois o que importa já era si mesmo desde o início da caminhada e tu sempre foste tua inteira companhia.

Só aprende quem labora no campo da própria ignorância. O campo é infinito.

Acorda, pois o Universo não é só as estrelas e corpos celestes. Também tu és. Teus olhos não veem tudo, porém que te reconheçam parte da imensidão.

A vida é delírio. Embriaguez de existência. Siga em êxtase.

Luz e paz.

S. Quimas

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Tempo



Muitos existem, mas raros vivem. Oscar Wilde (Algo mais ou menos assim.)


O tempo passa. E tu te apercebeste de cada segundo?
Estiveste de fato consciente, presente, em todos?
Medonho viver a vida. Fácil a alienação de nos abandonarmos às crenças que nos desconstrói como Ser, pois exteriores são.
Não somos doutrinas e filosofias.
Somos nossas próprias e individuais experiências.
Aí há verdade. Tudo mais é ilusório.
Cabe-nos julgamento do que nos serve. Do restante te liberta.
Não há que carregar carga alheia, senão a ti mesmo.
Viva a Luz de teus dias, que tua aurora seja o nascer de tua alma, brilhante como teu próprio espírito.
Lamento por quem não tenha existido e abraço a todos quê vivos.
Há falácia na crença da morte e na natureza da vida. Quem se conhece sabe, não há eternidade enquanto crença, mas consciência na infinitude. Ser.
Quem sabe, sabe também do que falo.

S. Quimas

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Conhecer-se

Nebulosa - Foto: Telescópio Hubble


Olvida o que aprendeste para que possas aprender de ti mesmo. O excesso de fardo daquilo que não te pertence, só torna mais dificultoso o caminhar.
Saber do que são feitas as estrelas é muito bom, mas também o é só contempla-las numa noite de céu aberto e apenas percebê-las parte da toda existência.
Assim também é contigo e teu Ser.

Luz e paz.
S. Quimas


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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ah, vem para cá, Me aconchega



Ah, vem para cá,
Me aconchega,
Não quero nada, só a ti,
Pois tu és a maior festa,
Os estertores de fogos,
O silêncio do teu cheiro,
A flor que é apenas pincel em um sonho,
Pintura incompleta
E tão tremenda realidade em mim.
Ah, vem para cá
E sejas apenas o que tu és,
O melhor de mim mesmo.

Para ti, Meg.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Não posso trazer o sol



Não posso trazer o sol,
Mas posso amanhã
Abraçar-te.
E tu estarás comigo.
Não é poesia,
É a certeza do que desejo.
Esse poema se perde
Na tua ausência.
Só te quero,
Para sempre.
Assim exato,
Como o delírio que vivo.
Noites não calmas,
Dias ainda piores.
Por que não te amar?
Por que não te simplesmente, amor?

S. Quimas

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nada

Ordem para o Caos - Ursula K. Lampron


Mais tarde,
Agora não.
Agora não quero dizer nada,
Absolutamente nada.
Quero só silêncio,
Nem a brisa quero.
Nada que me mova,
Nada que me retenha.
Nem partir,
Nem permanecer.
Não quero perdão,
Não quero amor,
Não quero nada,
Não desejo nada,
Nada somente isso
E mais nada.

Há quem busque.
Eu já estou encontrado.
Estou em minhas incoerências,
Nos meus deslizes,
No ufanismo de minhas posturas,
Na glória da minha ignorância.
Basta-me a mim mesmo,
Não preciso trazer a frustração
E a desgraça de outros tantos.
Bastam meus pecados,
Não preciso trazer outros de outros édens.

Agora não quero nada:
Não quero alegria,
Não quero tristeza,
Não quero sentir.
Não quero pensar nada.
Só quero a mim mesmo
E mais ninguém,
Pois estou nada,
Sou nada,
Nada
E tudo isso.


S. Quimas

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Não se ponha palavras na boca de incerteza



Não se ponha palavras
Na boca de incertezas
E, jamais, da confiança,
De nenhum absoluto.
Palavras são imponderabilidades,
Instrumento de capeta
Na construção do pensamento,
Matéria imponderável,
Volátil como nuvem.
Imagem diáfana
De um tão somente
Eterno agora.
Não há ciência,
Jamais houve filosofia,
Não há senão proposições
E assim nasceram os sofismas.
Tudo se move,
Essa a Lei — ou não.
A dúvida move,
Faz da vida rebuliço, busca.
O resto é arapuca dos que se renderam.
Não há preciosidade,
Há o quê cabe no momento:
Seja veneno,
Seja alimento,
Seja poesia apenas.
Razão como flor
E como flor expressão completa,
Com todos seus pseudos nomes,
De tudo que fingimos importância,
Mas que se leve da vida,
Apenas... Ainda... Admiração.

S. Quimas