tag:blogger.com,1999:blog-82354179743130023892024-03-12T22:42:39.736-03:00S. Quimas - Arte e Literatura (Fine Art & Literature)Blog oficial do artista plástico, designer e escritor S. Quimas.
Artes plásticas, literatura em prosa, poesia, ensaios filosóficos e outros textos escritos pelo autor.S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.comBlogger380125tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-46746313041374249662017-10-03T20:22:00.003-03:002017-10-03T20:22:58.332-03:00A verdade na palavra<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-sszi4YKzLe4/WdQbJRbCmmI/AAAAAAAADt8/cZWK125FIs02-eGFBjhzYpBUdLzTzDhEwCLcBGAs/s1600/Nikolai%2BBlokhin%252C%2Bb.%2B1968.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1145" data-original-width="966" height="640" src="https://4.bp.blogspot.com/-sszi4YKzLe4/WdQbJRbCmmI/AAAAAAAADt8/cZWK125FIs02-eGFBjhzYpBUdLzTzDhEwCLcBGAs/s640/Nikolai%2BBlokhin%252C%2Bb.%2B1968.jpg" width="537" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Artista: Nikolai Blokhin.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Tem mais verdade na palavra de um demente, do que na prosa de um político e de um religioso.<br />
<br />
S. QuimasS. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-77801501589507437862017-05-09T15:20:00.002-03:002017-05-09T15:20:28.188-03:00Visite o meu novo blog<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
Faça uma visita ao meu novo blog: <a href="https://quimas.wordpress.com/">https://quimas.wordpress.com/</a>.<br /><br />S. QuimasS. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-43499851301760769892016-01-26T20:33:00.000-02:002016-01-26T20:33:04.923-02:00 Poesia é vida<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-EQRX1H6KE9I/VqfxwhSPdVI/AAAAAAAADMI/DYhWTD5YrSE/s1600/Jules_Bastien-Lepage_-_October_-_Google_Art_Project.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="588" src="http://2.bp.blogspot.com/-EQRX1H6KE9I/VqfxwhSPdVI/AAAAAAAADMI/DYhWTD5YrSE/s640/Jules_Bastien-Lepage_-_October_-_Google_Art_Project.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jules Bastien-Lepage - Outubro</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Poesia é vida,<br />
Sonho e vigília.<br />
Poesia é o possível realizado<br />
E o todo impossível do mundo.<br />
Não questiono mais.<br />
Só sigo... Abduzido por ela.<br />
A poesia me leva a conjecturas,<br />
Que nem os deuses<br />
E toda filosofia me levaram.<br />
Trouxe-me para a loucura,<br />
Mas por caminhos de prazeres sem fim.<br />
Vivo o mundo inteiro,<br />
Um deus, ou o que seja lá isso.<br />
Incorporado por devaneios, delírios, deleites,<br />
Sendo eu, eu mesmo e todos os seres.<br />
E muito mais:<br />
Toda e completa existência.<br />
Sou assim a minha essência<br />
E a própria vida.<br />
Sangro em mim o mundo inteiro<br />
E me curo na minha<br />
Própria ferida.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-43521688977783193022016-01-26T19:22:00.003-02:002016-01-26T19:22:57.842-02:00Janeiro já termina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/--SuCOsPfYY0/VqfhxLzbK-I/AAAAAAAADL4/2hlxAAIS-fs/s1600/walking-in-rain-painting-wallpaper-hd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="http://2.bp.blogspot.com/--SuCOsPfYY0/VqfhxLzbK-I/AAAAAAAADL4/2hlxAAIS-fs/s640/walking-in-rain-painting-wallpaper-hd.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Janeiro já termina<br />
E eu abraço o vento<br />
E me faço irmão de todas as tormentas.<br />
Sou os raios que chispam<br />
No manto cinza em convulsão.<br />
Sou a água que lava a terra<br />
E o cheiro bom que dela nasce,<br />
Inundando todo o ar.<br />
Sou o canto grave dos trovões<br />
E a vibração que faz tremer as janelas.<br />
O ruído das gotas salpicando os telhados<br />
E sou também elas a escorrer pelas calhas,<br />
Morrendo no chão das calçadas.<br />
Sou o dilúvio que assola<br />
E a rega que faz germinar os campos.<br />
Sou o que traz o verde da vida nascente<br />
E o preto do luto pelos que partem nas tragédias.<br />
Sou a glória da Criação<br />
E a ira do Criador.<br />
Sou a devastação que aniquila<br />
E a singela gota que passeia<br />
Pela pétala umedecida de uma flor.<br />
Sou completamente tudo...<br />
Todos os meus imprecisos delírios,<br />
Meus todos e grandiosos devaneios.<br />
Sou o êxtase do mundo<br />
E o apagar-se em sua morte.<br />
Sou a areia, que arredia se levanta nos desertos,<br />
A chuva que esbate o solo,<br />
O vento que sussurra na brisa<br />
E o que grita tremendo nas tempestades.<br />
Minha alma está assim de tudo repleta,<br />
Pois a sorte me fadou a ser poeta.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Obrigado por sua visita. <i><a href="https://www.facebook.com/media/set/?set=a.215985465120193.64875.170350349683705&type=3" style="color: #993322; text-decoration: none;" target="_blank">Visite a minha página de arte no Facebook e conheça a minha pintura</a>.</i></div>
S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-90033137293077251732016-01-23T19:32:00.002-02:002016-01-23T19:32:55.964-02:00Eu quero me matar de sorrisos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-BIb9Ihg0xmc/VqPxV502OfI/AAAAAAAADLk/RY-k-2ldh4Y/s1600/Ivan%2BShishkin%2B%25281832-1898%2529%2Bmisty-morning-1885.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="473" src="http://1.bp.blogspot.com/-BIb9Ihg0xmc/VqPxV502OfI/AAAAAAAADLk/RY-k-2ldh4Y/s640/Ivan%2BShishkin%2B%25281832-1898%2529%2Bmisty-morning-1885.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ivan Shishkin - Manhã Enevoada</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Eu quero me matar de sorrisos<br />
E tantos deles que me alucinem.<br />
Não quero ser nada razoável<br />
De tudo o que não seja eu mesmo.<br />
Não quero acordar cedo,<br />
Mas quando acorde,<br />
Que levante embriagado de vida.<br />
Quero tanto<br />
E sou apenas tão somente mero:<br />
Tudo o que fui,<br />
O que sou<br />
E o que viverei.<br />
Em mim não há razão,<br />
Somente a embriaguez dos meus dias,<br />
A companhia de um porvir<br />
Imaculado como uma hóstia.<br />
Contudo, a hóstia é ceia<br />
E devo provar o cálice,<br />
Finda a reunião, do meu sacrifício.<br />
Por que chamar de paixão<br />
Um destino de morte.<br />
Há quem se apaixone<br />
Por tal sinistra sorte?<br />
Sei não. Poesia é quimera,<br />
Coisa de estúpido,<br />
De quem não vive a verdade,<br />
Essa estupidez desse mundo.<br />
Um desigual,<br />
Onde todo o sentimento é proibido,<br />
Onde amar não é sentido,<br />
Mas renúncia à verdade.<br />
Enfim... Onde tudo tem que ser<br />
Exatamente o que é.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
Obrigado por sua visita. <i><a href="https://www.facebook.com/media/set/?set=a.215985465120193.64875.170350349683705&type=3" style="color: #993322; text-decoration: none;" target="_blank">Visite a minha página de arte no Facebook e conheça a minha pintura</a>.</i>S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-33362981594036325732016-01-22T10:29:00.000-02:002016-01-22T22:50:32.034-02:00Há coisas em minha vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-FZgV9DkkgOg/VqIORqGxEcI/AAAAAAAADLU/Nju0TYY0Jrw/s1600/Boy_and_Rabbit%2B-%2BHenry_Raeburn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-FZgV9DkkgOg/VqIORqGxEcI/AAAAAAAADLU/Nju0TYY0Jrw/s400/Boy_and_Rabbit%2B-%2BHenry_Raeburn.jpg" width="305" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Menino e o Coelho - Henry Raeburn</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Há coisas em minha vida<br />
Que são totalmente questionáveis,<br />
Mas outras<br />
De uma ponderação<br />
Que beiram filosofia.<br />
Versos tenho feito,<br />
Uns razoáveis, outros nem tanto.<br />
São dizeres,<br />
São todos meus seres<br />
E muitos não.<br />
Uns razão,<br />
Outros utopia,<br />
Como se meus sonhos não sejam<br />
Tão importante quanto<br />
Minhas todas e mais severas elucubrações.<br />
O meu mais reto pensamento<br />
Fala de horas,<br />
Essas todas vividas<br />
E de todos os desejos.<br />
Na praça o pipoqueiro<br />
De gesto leve e sorridente<br />
Serve a criança que já fui.<br />
Tão somente memórias,<br />
Talvez mesmo delírios de um mundo de fantasia.<br />
Eu vejo o menino,<br />
Esse todo que fui,<br />
Busco a ele dentro de mim,<br />
Queria que ele<br />
Não tivesse jamais fim.<br />
O que busco?<br />
O menino caminha<br />
Ainda em alguma estrada<br />
Com seu pacote de pipoca.<br />
Assim, alegre e sorridente,<br />
Como se o mundo fosse esse simples prazer.<br />
Por outro lado, o homem que foi menino,<br />
De tal forma se angustia,<br />
Vive sem viver,<br />
Pois o que possa ser<br />
Mais importante em todo o mundo,<br />
Quiçá no Universo,<br />
Do que simplesmente<br />
Um pacote de pipoca?<br />
Meramente isso,<br />
Juízo do homem,<br />
Essência do menino.<br />
Como posso amá-lo menos,<br />
Tamanha a sua simplicidade,<br />
Tamanho o desejo por pipocas.<br />
O menino vai,<br />
Assim caminhando,<br />
Meio que dançando pela estrada da vida.<br />
Vai deixando cá,<br />
Uma trilha de muitas feridas.<br />
Porém, ainda quero vê-lo novamente<br />
Com seu pequeno pacote,<br />
Onde cabem as maiores delícias do mundo.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
<div>
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-7696197706714444052016-01-13T18:55:00.002-02:002016-01-13T18:55:56.639-02:00Minha vida é um delírio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-sooOucdPUio/Vpa5ULqUoQI/AAAAAAAADKs/iGzSwMEyiOs/s1600/dog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-sooOucdPUio/Vpa5ULqUoQI/AAAAAAAADKs/iGzSwMEyiOs/s640/dog.jpg" width="426" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
Minha vida é um delírio,<br />
Encarnação do mundo inteiro,<br />
Absurdo de tão imensa.<br />
Bebo das águas de todas as eras,<br />
Flutuo no espaço infinito<br />
De todas as minhas lembranças<br />
E daquelas outras todas alheias às minhas.<br />
Vivo a minha vida<br />
E a de todos os outros homens<br />
E a da natureza por completo.<br />
Tudo em mim é transcendental,<br />
Espetáculo contínuo<br />
Que extrapola o tempo,<br />
Rompe limite de existência.<br />
Numa das mãos trago as chagas do profeta,<br />
Na outra um ramo de flores.<br />
A vida me traz rugas na face<br />
E cicatrizes na alma.<br />
Sou o ancião do mundo<br />
E aquele que agora renasce à luz.<br />
Sou dentre todos o real bandido,<br />
Pois da imortalidade o cálice furtei<br />
E o sorvo às goladas<br />
E dele derramo... Poesia.<br />
Sou poeta...<br />
Pai de canções,<br />
Filho de rimas incertas,<br />
Mãe de partos muitas vezes dolorosos.<br />
Tudo em mim é impreciso,<br />
Instável como o tempo,<br />
Fugaz como as nuvens,<br />
Rodopiante como o vento,<br />
Giro de pedras num caleidoscópio.<br />
De mim se espera que eu seja<br />
Algo que não se define.<br />
Assim é: mutação por completo,<br />
Rio que escoa em jamais repetidas águas,<br />
Amanhecer e céu estrelado.<br />
Tudo sou.<br />
E, por sê-lo completamente,<br />
Também sou o nada,<br />
O silêncio, a ausência,<br />
O próprio não ser.<br />
Em mim tudo se cria<br />
E tudo se desconstrói.<br />
Sou um deus e o mais vil mortal.<br />
Sou o que sou<br />
E também não.<br />
Sou poeta.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
<div>
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-36523250573495483962016-01-08T13:07:00.001-02:002016-01-08T13:07:26.415-02:00Algo em mim se perde<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-4qksiHBAjhM/Vo_QcJ19FqI/AAAAAAAADKY/mpL5T1RujJ0/s1600/SK-A-3276.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://2.bp.blogspot.com/-4qksiHBAjhM/Vo_QcJ19FqI/AAAAAAAADKY/mpL5T1RujJ0/s640/SK-A-3276.jpg" width="502" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rembrandt van Rjin - Jeremias Lamentando a Destruição de Jerusalém</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Algo em mim se perde,<br />
Diáfano como a brisa a roçar em meu pescoço.<br />
É como o pensamento<br />
Que vem e, sem nos apercebermos,<br />
Vai-se, tragado pela imensidão<br />
De todos os outros tantos.<br />
Lá longe, uma música triste<br />
Rompe o silêncio,<br />
Notas quase em surdina<br />
Que a brisa me traz.<br />
Lembro-me dela,<br />
Não seria aquela de... De...<br />
Não. Em mim não há certeza.<br />
Melhor que somente a ouça,<br />
Pois não importa qual seja,<br />
Mas que esteja presente.<br />
O banco em minha varanda está triste,<br />
Pois há muito não lhe faço companhia.<br />
A minha toda misantropia<br />
Escava no tempo<br />
Cavernas sem fim,<br />
Milhares delas,<br />
Onde a minha alma<br />
Incorpora em todas as minhas ausências.<br />
Já não sei de mim<br />
— talvez, jamais o tenha sabido —,<br />
Somente sei agora da música que persiste<br />
E embala meu pensamento.<br />
Vem chegando a noite<br />
E o dia desfalece,<br />
Só a música persiste<br />
Numa repetição interminável.<br />
Não sei em minha mente,<br />
Ou de modo real.<br />
Não sei mais o que seja.<br />
Contudo, a música está em mim.<br />
É como âncora que funda a nau da minha vida,<br />
Dá-me porto, traz-me casa.<br />
Quantas vezes procurei ser como firmamento,<br />
Este exato que agora se anuncia<br />
Com todas as suas infinitas estrelas à minha visão.<br />
Porém, desde muito cedo,<br />
Percebi que tudo se transforma<br />
No caleidoscópio da existência.<br />
Possa ser que as pedras sejam as mesmas,<br />
Mas no girar dos momentos nada é igual.<br />
Em vão tentei me agarrar às minhas vivências,<br />
Porém minhas vivências eram como tronco<br />
Que se deixava levar na imensidão<br />
Do rio da vida<br />
E assim quão mais o abraçava,<br />
Em busca de salvação,<br />
Mais me distanciava<br />
De tudo o que fora,<br />
Para, levado pela corrente,<br />
Penetrar em águas desconhecidas.<br />
<br />
A música persiste<br />
E eu, apenas adormeço.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
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<div>
<br /></div>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-U0w2437Ucvs/Vo1iLx5I-7I/AAAAAAAADKE/Qi2JuGVWY6Y/s1600/Male_Nude.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="490" src="http://1.bp.blogspot.com/-U0w2437Ucvs/Vo1iLx5I-7I/AAAAAAAADKE/Qi2JuGVWY6Y/s640/Male_Nude.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nu Masculino - Autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Quem sabe agora os meus escritos<br />
Deixassem as sombras<br />
E se revelassem à luz?<br />
Quem sabe os versos descabidos,<br />
Os impensados, a rimas vis,<br />
Se transformassem em flor?<br />
Simplesmente em flor.<br />
Quem sabe?<br />
Quem sabe todo o sentimento,<br />
Tudo aquilo dito e do muito falado<br />
Teria tão somente agora tal significado?<br />
Toda a poesia tarda em ser a si.<br />
A maior delas é aquela que se repete,<br />
A que sempre se lê e é ainda outra,<br />
Ainda que a se leia incontáveis vezes,<br />
Pois seu prazer, ou a sua tortura,<br />
Simplesmente nos leva a alma,<br />
Rouba-nos o sossego,<br />
Simplesmente nos toma.<br />
Poesia é mundo de cruzes,<br />
Do desejo insatisfeito,<br />
Ou das lembranças perdidas,<br />
Ou das alegrias, dos amores.<br />
É-nos ferida aberta,<br />
Doença sem cura,<br />
Total perdição,<br />
Miragem, razão.<br />
Poesia é a completa imersão<br />
No mais profundo de nós,<br />
Tênues certezas de coisa nenhuma,<br />
Droga que nos alucina,<br />
Sem droga nenhuma ser,<br />
Mas que nos furta por completo.<br />
Ah! Poesia, poesia...<br />
Maravilha essa construída de palavras apenas.<br />
Toda imensidão,<br />
Tingida de estrelas negras<br />
Sobre o infinito branco do papel.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-zn5HSbkc6gY/VoRJpCC1llI/AAAAAAAADJc/BvIYBlCAXFk/s1600/Jean%2BAuguste%2BDominique%2BIngres%2B-%2BOedipus%2Band%2Bthe%2BSphynx%2B.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-zn5HSbkc6gY/VoRJpCC1llI/AAAAAAAADJc/BvIYBlCAXFk/s640/Jean%2BAuguste%2BDominique%2BIngres%2B-%2BOedipus%2Band%2Bthe%2BSphynx%2B.JPG" width="484" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Édipo e a Esfinge - Jean-Dominique Ingres</td></tr>
</tbody></table>
<br />
As pessoas não importam em minha vida, mas todos os "seres" que inundaram minha vida, sim. Pessoas são estereótipos, presas e ilhadas em sua manifestação consentida de não serem nada mais do que o fluir da repetitividade. Há mesmo os "inofensivos", estes talvez os piores, pois que nos fazem acreditar em comportamentos de acordo com o "aceitável".<br />
Os imensos neste mundo sempre quebraram regras. Cuspiram chamas de ideias e ideologias que provocaram a transcendência. Não comiam marmitas, já que muitas vezes sequer tiveram alimento para preenchê-las.<br />
Hoje são heróis, santos, alçados pela hipocrisia a tal. Contudo, enquanto viveram eram hostilizados, execrados por muitos, ou pela quase totalidade.<br />
Gente que transforma o mundo muitas vezes o transforma em silêncio, com exemplo e não com tagarelices. Não são somente as palavras, porém as ações. São os pequenos gestos no dia a dia, todas as ações e pensamentos.<br />
O modo como agimos no mundo é o que de fato importa. Não que sejamos perfeitos. Não somos. Nem para nós mesmos.<br />
Somos eivados de dúvidas, de insuficiências. Muitas vezes torturados por coisas menores, mas que para nós são importantes. Que seja. Cada um de nós dá a importância exata àquilo que se apega em si ou além.<br />
Há um sentido quase tangível em nossas aspirações, em nosso faminto devir. Só que ele não acontece e morremos como almas buscando a imensa realização de nossas possíveis realizações. Perdemo-nos no eterno presente, barganhando com um futuro que jamais vem.<br />
Que aceitemos nossos limites e vivamos este exato momento, e meditemos que é exatamente “tudo” o que somos e o que nos pertence. Claro, tenhamos esperanças e jamais nos imobilizemos frente à desventura. Sempre temos por aqui passado adversidades, mas não sejamos soberbos justificando derrotas causadas por nosso consentimento.<br />
Avaliemos nossa vida, não com temores em face ao erro, nem na pressuposição de que muitas vezes tombamos à nossa inércia por coação das circunstâncias, porém por que cedo nos rendemos.<br />
Chega de “tudo”, aprendamos a sermos absolutamente “nós”.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-12187352279063058832015-12-30T13:54:00.000-02:002015-12-30T13:54:12.030-02:00Brasil Serviu<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-DP6x00x-lq8/VoP9qHOndqI/AAAAAAAADJM/WFhSDXym8n8/s1600/Brazilian-Flag.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="http://3.bp.blogspot.com/-DP6x00x-lq8/VoP9qHOndqI/AAAAAAAADJM/WFhSDXym8n8/s640/Brazilian-Flag.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bandeira do Brasil</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O Brasil é um natimorto em berço esplêndido.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Gigante de povo "anão" espoliado por causa da sua própria passiva natureza.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Senzala branca, negra, parda, vermelha, amarela e de todas as etnias, acomodada num passado de glória que nunca houve e num futuro que se perpetua por não haver.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Verá essa pátria que seu filho não foge a luta, ainda que seja por sua vida miserável, mendigando por migalhas até a morte.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Pátria amada, idolatrada, servil.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">S. Quimas</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-5jp13t_GclU/VoMX3ZRnW6I/AAAAAAAADI8/Z-r7n0EHGR8/s1600/Franz%2BRoubaud%2B-%2BCossacks%2Bin%2Bthe%2Bmountain%2Briver.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="451" src="http://4.bp.blogspot.com/-5jp13t_GclU/VoMX3ZRnW6I/AAAAAAAADI8/Z-r7n0EHGR8/s640/Franz%2BRoubaud%2B-%2BCossacks%2Bin%2Bthe%2Bmountain%2Briver.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Franz Roubaud - Cossaccos num Rio da Montanha</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Abandono o tempo<br />
E todas as medidas,<br />
Eis que mergulho enfim na eternidade.<br />
Tudo o que pensamos são razões,<br />
Eu mesmo renego a angústia<br />
De viver cercado de soluções.<br />
A vida é sempre pergunta,<br />
De muitas respostas poucas,<br />
Há de se abandonar tal ilusão,<br />
Porém há de se buscar<br />
Sempre respostas.<br />
Estas que nos levam a outras tantas...<br />
Questões.<br />
A vida é simples:<br />
Apenas um isso aí!<br />
Viver.<br />
Não há imensa filosofia<br />
Que não seja apenas viver.<br />
A única e imensa certeza<br />
E aquela que nos toma e transtorna. A morte.<br />
A vida é sorte<br />
E a morte circunstância.<br />
Quando caminhamos<br />
Há os tropeços<br />
E a absoluta incerteza de tudo,<br />
Mas de tudo mesmo,<br />
Pois que tudo<br />
É imensamente imponderável.<br />
Resta a criança em nós.<br />
Ela não pensa no tempo.<br />
Suas preocupações são quimeras.<br />
Não questiona o alimento<br />
Que deveras a alimenta.<br />
A criança é o absoluto agora.<br />
Constrói-se pela presença<br />
E não pela imponderabilidade.<br />
Lição a ser aprendida.<br />
Dizemos de consciência<br />
E, adultos, pouco sabemos disso.<br />
Contudo, caminhemos .<br />
Melhor os pés que andam<br />
Do que a mente<br />
Que não enxerga mais caminho,<br />
Que se satisfez<br />
Com a solução de seus limites<br />
E não busca mais nada.<br />
A quem se rende<br />
Não há mais estrada,<br />
Pois perdeu seu caminho,<br />
Si mesmo,<br />
O infinito.<br />
Desconhece-se.<br />
Tudo que é normalmente aceito<br />
Não nos identifica.<br />
Prefiro a brisa<br />
E mesmo o vento imenso.<br />
Melhor tudo que me transtorna<br />
Do que aquilo que torne<br />
Simplesmente conformado.<br />
Meu maior modelo são as nuvens.<br />
Estas caleidoscópios celestes,<br />
Sempre em transformação,<br />
Únicas a todos os momentos.<br />
Permaneço silente e contemplante.<br />
Caminho onde<br />
Flores brotam no asfalto.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-64921121241530171582015-12-17T19:49:00.001-02:002015-12-27T17:29:02.532-02:00Sou um bastardo do mundo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-3uY_2v_FST4/SK2g27wb0kI/AAAAAAAAAHs/bBFFGo44Ifk/s1600/S_quimas_pinturas_35.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://2.bp.blogspot.com/-3uY_2v_FST4/SK2g27wb0kI/AAAAAAAAAHs/bBFFGo44Ifk/s400/S_quimas_pinturas_35.jpg" width="297" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bob Marley - Por S. Quimas</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sou um bastardo do mundo,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Criatura cuja quintessência,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É ser como um ovo estrelado.<br />
Meus dizeres são somente controvérsias,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Algo que não se declara em conversas.<br />
Sabia eu maduro, mas fruto apodrecido,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois que renunciei ao mundo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E a todas as suas ilusões.<br />
Não me agradam os fatos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Esses ditos nas notícias.<br />
São sempre eles tudo os que todos querem ouvir,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas, de fato, não o “tudo” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De todo o existir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como poeta, “poesio”.<br />
Numa poética sem fim.<br />
Não sou sério,<br />
Possa sê-lo... ou não.<br />
Caminho de dores,<br />
Amores, canções.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como poeta sofro, vivo.<br />
Se é que existência é viver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Que é viver?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aqui? Renúncia.<br />
Deixar-se esvair.<br />
Quem conhece o Céu<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não se entrega à glória do mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vive apenas tateando.<br />
Palmo a palmo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As dúvidas das horas,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dos momentos infindos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Das contumazes incertezas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não busca,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois seu maior encontro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É consigo mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ah! O que vejo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quem saberá?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu, ou outro eu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que sou...<br />
Nenhum?<br />
Porém, tudo o que me resta.<br />
Rompo a aurora.<br />
O sol tarda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No rosto do céu<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Só nuvens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que me consola são lembranças.<br />
Estas de um tempo impossível,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um tempo nenhum,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aquele que não vivi.<br />
Contudo, que vivo.<br />
Não sei. Talvez precinta.<br />
Eu e a poesia. Vida e morte.<br />
Algo imensamente assim.<br />
Passado, presente, futuro...<br />
Apenas vida:<br />
Ontem, hoje, amanhã...<br />
Um sem fim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu aqui pego a caneta<o:p></o:p></div>
E apenas faço versos.<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-45268574568141293202015-08-17T18:59:00.000-03:002015-12-15T18:17:05.642-02:00O Brasil e Sua Crise<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-VEKIGywca3w/VdJY1M9DqlI/AAAAAAAADFU/ktBaTOAGWPU/s1600/gado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="424" src="http://2.bp.blogspot.com/-VEKIGywca3w/VdJY1M9DqlI/AAAAAAAADFU/ktBaTOAGWPU/s640/gado.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gado</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Aqueles que querem realmente uma profunda transformação político-social no Brasil não estão em passeatas de mulheres e homens alienados tirando suas roupas numa orgia carnavalesca. Estão buscando transformar a si mesmos, se tornarem, serem mais aptos a contribuir no seu dia a dia, a tornar seu "quadrado" um exemplo a toda a sociedade.<br />
São pessoas comprometidas e não somente compromissadas, pois se dão por completo a uma causa política, não à partidária, porém à social.<br />
Não buscam vantagens, confortos utópicos, não acendem uma vela para "Deus" e outra para o "Diabo". Não primam pela conveniência, mas pela equanimidade de direitos e pela verdadeira justiça social.<br />
Não se contentam com o seu próprio e exclusivo usufruto, contudo em radicalizar a distribuição de recursos e oportunidades entre todos.<br />
Pensam. Não são apenas "paridos" por uma mídia cada vez mais comprometida com o espetáculo e que transforma movimentos sociais e seres em pura massa de manobra. Não admitem em suas vidas um jornalismo fraccionista e endereçado a solução de grupos, às suas regalias e conveniências.<br />
Não sou referência de nada. Formador de opinião nenhuma. Intelectual e filosofo que traga nada de novo. Apenas acredito em reflexão e ponderação. Quem age por impulso é palha e como palha se consome.<br />
O Brasil passa por uma crise institucional profunda: imagina o estouro de uma boiada e um país inteiro em seu caminho, pisoteando qualquer bom senso, cegos, incapazes de discernimento.<br />
O problema não é tão somente a corrupção e suas nefandas consequências. O maior problema é a continuada cegueira do povo brasileiro, a sua contínua barganha por benesses, por ajustamentos à sua idealidade de "Paraíso Tropical".<br />
Aqui não é o Éden e o mundo inteiro passa por uma imensa crise e a nossa não é maior ou menor.<br />
Contudo, creio que a crise da consciência seja aqui, ou em qualquer lugar, a maior de todas.<br />
Agora, só nos faltam marcar a ferro. Assim, se saberá quem de fato é nosso dono, pois distante de nós mesmos e inconscientes não passamos disto: gado.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-_TUBxQrQwUQ/VczbyTXfsSI/AAAAAAAADE8/ggctMgQ1AYg/s1600/trem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="http://2.bp.blogspot.com/-_TUBxQrQwUQ/VczbyTXfsSI/AAAAAAAADE8/ggctMgQ1AYg/s640/trem.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trem Maria-Fumaça</td></tr>
</tbody></table>
<br /><div class="MsoNormal">
Apita a curva mesmo,</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois por ali já há muito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não passa trem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nem mesmo há mais os trilhos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Só pedras e capim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas, mesmo assim,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A curva apita<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E por ela passam<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dezenas de recordações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
São os vagões da memória<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desfilando em seu cortejo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
— Piuí! Piuí!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E tudo então é coberto<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pela fumaça do tempo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
S. Quimas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-10000891969178368372015-08-06T14:01:00.001-03:002015-08-06T14:01:22.907-03:00A Criança na Parede<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Z0j6pYpirWQ/VcORZ0FDCeI/AAAAAAAADEY/f4f0aX7FVSU/s1600/hiroxima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="http://1.bp.blogspot.com/-Z0j6pYpirWQ/VcORZ0FDCeI/AAAAAAAADEY/f4f0aX7FVSU/s640/hiroxima.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hiroshima - 1945</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<i>(Uma homenagem a todas as crianças vítimas das bombas nucleares</i><br />
<i> lançadas em agosto de 1945 sobre o Japão.)</i><br />
<br />
Hoje estou quase sem voz,<br />
Pois não há quase nada a ser dito,<br />
Quase nada a ser pensado,<br />
Só há um choro mudo<br />
Que escorre feito lama<br />
Pela alma cheia de dor.<br />
Lá fora o que brilha<br />
É outro sol<br />
E seus raios varrem a vida<br />
Para debaixo do tapete da crueldade.<br />
Uma voz de trovão<br />
Berra no espaço,<br />
Depois tudo cessa<br />
E pela rua onde vaga o meu espírito,<br />
Apenas a figura da criança que brinca,<br />
Estampada pela fúria da morte atômica<br />
Numa parede qualquer.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-AlyvXi30Oac/VbPPQ_UzqTI/AAAAAAAADDw/yZHP7yukoBY/s1600/rel%25C3%25B3gio%2Bantigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-AlyvXi30Oac/VbPPQ_UzqTI/AAAAAAAADDw/yZHP7yukoBY/s640/rel%25C3%25B3gio%2Bantigo.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Canto a canção do mundo,<br />
A canção da dor de quem grita em meio às trevas.<br />
O clamor dos renegados,<br />
Dos espíritos exilados de estrelas distantes,<br />
Muito além do pensamento;<br />
Da visão que se cega à nossa miserável condição,<br />
À toda a agonia a que nos submetemos em nosso degredo.<br />
Nasceu-me a Luz e minha voz não se esgota no clamor<br />
E hei de estender minhas mãos enquanto uma alma houver<br />
Na escuridão traiçoeira pedindo ajuda.<br />
Sou aquele que permanece fiel até o fim das suas forças,<br />
Até que se esgote um fio de vida.<br />
Sou a aurora não vista, servo de todos,<br />
Um daqueles que vieram para abraçar àqueles de boa vontade.<br />
Nunca fui um abençoado, mas abençoado sempre com Vida,<br />
Vida que está acima da vida, de todas as causas menores.<br />
Não sou existente, sou impermanente,<br />
Lacaio de toda a esperança que jamais se rende.<br />
Sou poeta desse mundo tão desigual, tão vil, tão falacioso.<br />
Sou sua voz e testemunha de sua pequenez,<br />
De todas as suas mais profundas misérias e iniquidades.<br />
Mas, também sou aquele que ilumina,<br />
Que do amor fala, não como inatingível, porém vivido,<br />
Palpável como a brisa que roça arrepiando a pele.<br />
Do amor eu falo, contudo não por sua constância em tê-lo,<br />
Porém de tê-lo em verdade profundamente sentido.<br />
Não preciso de testemunhas que corroborem com meu dito,<br />
O que sinto pertence a mim, e a tudo com que compartilho.<br />
Em minha poesia eu não falo mentiras — até omito para que o seu<br />
Tremendo peso não seja como o soco de um boxeador.<br />
Não há inverdades nas minhas palavras,<br />
Só há total sentimento, só há o grito que grito, nada mais.<br />
Não há imitação de estilos, ou muita concisão em minhas palavras.<br />
Minha poesia é minha. Nunca tive ídolos.<br />
Não perco tempo entregando minha alma<br />
Para aquilo que é passageiro.<br />
Sou parte de mim mesmo e da minha totalidade.<br />
Não preciso de deuses que não são aquilo que eu seja em mim mesmo.<br />
Tenho dito coisas que o mundo queria dizer, mas não tinha virilidade.<br />
Não porque seja eu Homem, mas porque havia de dizer e mais nada.<br />
Outras digo e que não soam bem ao ouvido de uns.<br />
O que posso fazer? Se é que isso me ocupa de algum modo.<br />
O que tenho a dizer, digo. Exatamente, mais nada.<br />
Não para aliviar a carga imensa de minha alma,<br />
Mas porque tenho que dizer. Uma imposição do meu espírito.<br />
Por que faço poesia? Sei lá. Vem... Só isso.<br />
Nem sei se o que faço é verdadeiramente poesia.<br />
É esse jorro, uma profusão de palavras que me tomam por completo.<br />
Não espere que eu tenha domínio sobre isso,<br />
Sou o meio, não a causa, e não o fim.<br />
Você sabe o que é sentir o peso da carga do mundo sobre si?<br />
Não? Então seja poeta e saberá...<br />
Saberá nos mais pequenos e ínfimos detalhes.<br />
Terás momentos de beleza incomensurável<br />
E outros de agonia dilacerante.<br />
Assim é o poeta, alguém que vive no limbo.<br />
Acho que vou terminar este poema,<br />
Sinto-me esgotado.<br />
Não pelo esforço de escrevê-lo. Amo poetizar.<br />
Contudo, por que devo fazê-lo?<br />
Para que todas as minhas palavras<br />
Em uma só coisa se justifique:<br />
Amor, amar, simplesmente.<br />
Nada mais a alegar,<br />
Só a lágrima que escorre pela minha face...<br />
<br />
S. Quimas<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-_BZxmVnN0Bw/VbLAhKGhwEI/AAAAAAAADDY/LKRNAZb6Wpk/s1600/gobi-desert-650.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="http://4.bp.blogspot.com/-_BZxmVnN0Bw/VbLAhKGhwEI/AAAAAAAADDY/LKRNAZb6Wpk/s640/gobi-desert-650.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Deserto de Gobi</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Estou tão estéril de inspiração,<br />
Que bebo aos goles desertos<br />
De tudo que seja plano, sem sentimento,<br />
Despido de lágrimas ou sorrisos,<br />
Que não me toque e não faça bater<br />
Um pouco mais o meu coração.<br />
O que digo é tão sem mim,<br />
Que o que disse antes<br />
Avaliam-me estar por completo drogado.<br />
Minhas palavras tão vazias<br />
E assim por tão sê-las,<br />
Já não escancaram poesia alguma.<br />
São assim taciturnas e lamurientas<br />
Em toda a fragilidade de suas significações.<br />
Todos meus versos são mal ditos,<br />
Vísceras que apodrecem<br />
Espalhadas no caminho do Inferno<br />
E que nem os abutres<br />
Ousam, por sábios, tocar.<br />
Nada destrói mais do que o apetite<br />
Cismado pela obsessão de escrever,<br />
De traçar letras e compulsivamente<br />
A tê-las em palavras<br />
Que formam frases<br />
E traduzem pensamentos e intenções.<br />
Enquanto me consome o mundo,<br />
O consumo eu, esse intragável alimento,<br />
Sabor sempre o mesmo,<br />
De variedade das mesmas coisas.<br />
Uma hora minha voz se cala...<br />
Em outra? Poesia.<br />
<br />
S. Quimas<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-AcNfcRwC38Y/VbAVF2aZvGI/AAAAAAAADDE/23yFs05Nq-4/s1600/earth.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-AcNfcRwC38Y/VbAVF2aZvGI/AAAAAAAADDE/23yFs05Nq-4/s640/earth.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O planeta Terra</td></tr>
</tbody></table>
No mundo<br />
A fome maior<br />
É por novidade,<br />
Mas tudo passa,<br />
Apreça-se<br />
Na combustão<br />
Do lucro necessário.<br />
Até o vigário<br />
Há de ter um novo sermão,<br />
Apesar de que os pecados ditos<br />
No outro que fez,<br />
Ainda sejam prática<br />
Dos fiéis.<br />
<br />
No mundo<br />
Tudo é moda.<br />
Queria que fosse<br />
Algo diferente,<br />
Mais permanente.<br />
Algo como, como...<br />
A alegria em colaborar,<br />
O amor entre os seres,<br />
O cuidar da natureza,<br />
O respeito mútuo,<br />
A solidariedade...<br />
<br />
Mas não é,<br />
Apenas moda.<br />
O mundo?<br />
O mundo é foda.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-p1QNCGtWihs/VaWOwSbasOI/AAAAAAAADCo/Yf2l-Auybto/s1600/samaritan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="http://1.bp.blogspot.com/-p1QNCGtWihs/VaWOwSbasOI/AAAAAAAADCo/Yf2l-Auybto/s640/samaritan.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bonobos</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Quando os valores éticos das famílias se degradam, toda a sociedade se lança no abismo.<br />
Todo o valor nasce pelo indivíduo, mas em muito se sustenta através do seu meio, e o primeiro e mais essencial é a família.<br />
Se apreciamos decadência no mundo atual, ela primeiramente, quase com certeza, principiou dentro de casa.<br />
Os que dominam o mundo sabem que manipulando as famílias controlarão a sociedade. Assim, criam distrações, necessidades artificiais, expectativas jamais alcançadas, com o único propósito da alienação. Pais e mães se sobrecarregam cotidianamente para proporcionar bens e se alienam dos reais valores da vida em comum. Seus filhos crescem inconscientes do verdadeiro amor e só recebem compensações materiais.<br />
Qual a diferença da droga que vende o tráfico, daquela que barganha um pai pela compensação material de um sentimento que nele não se sustenta em relação a um filho? Um colar de brilhantes, muitas vezes, no pescoço de uma mulher, não passa de coleira que a aprisiona como cadela amarrada a um dono. Muitas vezes, em contrapartida, mulheres também favorecem e dissimulam sua tortura emocional, se entregando a homens apenas por favores materiais.<br />
Quem estamos sendo, ou nos tornando? Reflita.<br />
Pense. Solucione. Antes que sua alma pereça na crença que tudo é assim mesmo. Tudo é, se você ceder.<br />
A maior de todas as revoluções começa em si mesmo. Depois em sua casa. E assim, vai se propagando ao infinito.<br />
Viva a revolução! Viva a vida!<br />
Não precisamos do que nos oferecem. Precisamos, sim, um dos outros!<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-wirwYkQ47rQ/VZsLjefgYSI/AAAAAAAADCM/dRFeJHUJOoE/s1600/Saturn_Infrared_Jan_2__2000__1024_x_768.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="http://2.bp.blogspot.com/-wirwYkQ47rQ/VZsLjefgYSI/AAAAAAAADCM/dRFeJHUJOoE/s640/Saturn_Infrared_Jan_2__2000__1024_x_768.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Saturno</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Não me importa sonho,<br />
Pois eu mesmo vivo deles.<br />
Não me importa nada,<br />
Todos os seres que se replicam<br />
Como infamante recriação<br />
De absolutamente nada.<br />
Aqueles que nada significam,<br />
Senão ocupam no mundo<br />
O apenas carimbo,<br />
Muitas e todas repetida.<br />
São as formigas contumazes,<br />
Ávidas e vorazes<br />
Em lisonjas.<br />
Lisonjas essas, barganhas.<br />
Chega de pobre coitado,<br />
De todo afamado<br />
Que pode pela fama<br />
Se alçar um deus.<br />
Chega desse mundo de quimeras.<br />
Chega de mim,<br />
Chega de deus.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<div>
<br /></div>
<div>
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-FkNJpwhcAhM/VZhfC51IxEI/AAAAAAAADB4/bAc4F82gm-w/s1600/Dorian_gray.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="382" src="http://1.bp.blogspot.com/-FkNJpwhcAhM/VZhfC51IxEI/AAAAAAAADB4/bAc4F82gm-w/s640/Dorian_gray.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dorian Gray</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Punamos os jovens de modo inexorável, pois talvez não se tornem esse escracho de adultos alienados que muitas vezes nos tornamos. Matemos com justiça pela lei alheia às causas de haver comportamentos antissociais quem cometa crime hediondo, sustentá-los em prisões por toda a vida não basta, nos custarão e o dinheiro é mais importante do que a solução da questão humana.<br />
Demos vazão ao nosso ódio, pois justo, completamente, segundo a concepção de nossa avareza e desconhecimento do valor da vida, pois nossas filosofias e religiões são infestadas de deuses de vingança e quando deles se fala em amor, poucos se aliam à mensagem. Somos satânicos.<br />
Destruamos tudo, mas exatamente "tudo" o que nos é prejudicial em toda a Natureza, até mesmo todos nós, pois que somos um câncer para o planeta, mas antes, destruamos a ignorância, nossa mais irredutível aflição e flagelo.<br />
Combatamos com toda a veemência a consequência de nossos atos atrozes, contudo jamais as causas, essas nos exigem consciência, trabalho intenso e constante.<br />
Somos todos belíssimos. Dorian Gray que o diga. Mantenhamos o nosso retrato no sótão de nossas vidas, jamais o vejamos, pois não há quadro algum, apenas o espelho de nossas corrupções.<br />
Que atire a primeira pedra quem é onisciente.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
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<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ok7dajexB0o/VZW95eyJYYI/AAAAAAAADBg/Oql_8JqsTDw/s1600/krishna_desktop_3600x2401_hd-wallpaper-1162044.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="http://1.bp.blogspot.com/-ok7dajexB0o/VZW95eyJYYI/AAAAAAAADBg/Oql_8JqsTDw/s640/krishna_desktop_3600x2401_hd-wallpaper-1162044.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sri Krishna e Sri Radharani.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
À minha Meg Imbelissieri<br />
<br />
Preferia não te amar tanto,<br />
o tanto que te amo,<br />
não ser poeta e não te declarar o meu todo sentimento.<br />
Talvez, o mais comum dos homens,<br />
esse que sustenta a vida<br />
e simplório te acalanta nos teus dias.<br />
Gostaria de ser seu cobertor no frio,<br />
o que te areja no calor.<br />
Mas algo em mim medonho,<br />
como o Inferno que se acende,<br />
muito mais demônio,<br />
pois poeta. É minha alma<br />
repleta de sonhos,<br />
de dizeres que são vozes que a consomem.<br />
Muitas falas e da loucura substrato,<br />
pois te adoro completamente<br />
e não sou mais nada que amante teu.<br />
Prometeu acorrentado,<br />
um que grita e brada<br />
apesar de estar calado,<br />
pois seu coração pulsa à revelia<br />
e declara na vida, esta utopia,<br />
de ti sou e tu de mim,<br />
apenas aquém, o antes, o agora, o sem fim,<br />
toda a poesia que posso,<br />
o Pai Nosso, uma oração,<br />
a rima incerta e lá toda a canção.<br />
Queria... Queria que tu não me tocasses,<br />
que fosses distante de minha realidade,<br />
só pensamento, ilusão, devaneio,<br />
porém tu te fizeste,<br />
não o agora, mas toda a minha Eternidade.<br />
<br />
S. Quimas<br /><br />Obrigado por sua visita. <i><a href="https://www.facebook.com/media/set/?set=a.215985465120193.64875.170350349683705&type=3" style="color: #993322; text-decoration: none;" target="_blank">Visite a minha página de arte no Facebook e conheça a minha pintura</a>.</i>S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-65106341872816664192015-06-15T19:31:00.002-03:002015-06-15T19:31:43.423-03:00Tudo na minha vida é canto<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/--62zctvqDNw/VX9SMWBNbgI/AAAAAAAADAk/1MCHtsyfyrw/s1600/Isaac%2BLevitan%2B%25281860%2B%25E2%2580%2593%2B1900%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/--62zctvqDNw/VX9SMWBNbgI/AAAAAAAADAk/1MCHtsyfyrw/s640/Isaac%2BLevitan%2B%25281860%2B%25E2%2580%2593%2B1900%2529.jpg" width="616" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isaac Levitan</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Tudo na minha vida é canto<br />
E vagueio nas esquinas<br />
De minha poesia.<br />
Dobro, lá nos versos<br />
Que componho, por outra rua.<br />
De cima das sacadas<br />
Observo a mim mesmo,<br />
Transeunte da vida<br />
A caminhar perplexo.<br />
Não que me espante do mundo<br />
E de tudo aquilo que é,<br />
Mas de mim mesmo<br />
Por tudo que é devir.<br />
Nada que sou é excepcional,<br />
Porém normal,<br />
Assim, aquela pedante normalidade<br />
Da vida contumaz o é.<br />
Não sei se me embriago,<br />
Ou vivo a alucinação de viver.<br />
Não sei se poesia,<br />
Ou a dimensão da clausura de existir.<br />
Nada sei.<br />
Em mim nada é decisão,<br />
Sempre é tormento,<br />
Possibilidade e nada.<br />
A maior de minhas regras<br />
É duvidar de tudo.<br />
Sou um porco.<br />
Desculpem-me eles,<br />
Mas porco na conotação.<br />
Fico aqui pensando<br />
Em quem se dá ao trabalho de ler meus versos...<br />
Que são poesia<br />
É claro.<br />
Contudo, quem suporta<br />
A ignomínia de um desfilar de atrocidades?<br />
Pois que rendida<br />
Minha alma é só farrapos<br />
E hoje sou travestido de miséria<br />
E, pior, de falta de todo o senso.<br />
Só me resta a poesia. Sim.<br />
Ela é o que sou.<br />
O meu pranto,<br />
O meu intenso suspiro,<br />
Tudo o que alimenta<br />
E me faz vivo estar.<br />
Não há beleza na dor,<br />
Muito menos na infelicidade.<br />
Não, não há.<br />
Mas há na poesia.<br />
Ela toca, ela abre um rasgo<br />
No peito da alma que a lê.<br />
Ela é mil demônios,<br />
Mãe de imensas heresias.<br />
De arte tem pouco,<br />
Tem mais de falácias.<br />
Só o sabe o poeta<br />
A tortura de tê-lo nascido assim.<br />
Poeta e vil,<br />
Encarnação do mundo inteiro.<br />
<br />
S. Quimas<br />
<br />
<div>
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S. Quimashttp://www.blogger.com/profile/05971879375875681110noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8235417974313002389.post-10675768165083021512015-06-08T18:39:00.000-03:002015-06-08T18:39:08.821-03:00Refletindo Sobre o Autoconhecimento <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-VPE7NnReuXg/VXYLOCO93yI/AAAAAAAADAI/K6_ELY3jYQo/s1600/LLOri_hubble_4806.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="448" src="http://2.bp.blogspot.com/-VPE7NnReuXg/VXYLOCO93yI/AAAAAAAADAI/K6_ELY3jYQo/s640/LLOri_hubble_4806.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nebulosa no Órion - Hubble</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Fomos capazes de construir instrumentos que são capazes de perscrutar o espaço infinito. Contudo, não desenvolvemos — ou no mínimo, como humanidade, não nos dedicamos a tal com afinco — a capacidade de imergir em nossos espíritos e conhecer a profundidade de nós mesmos. Assim, permanecemos deserdados do autoconhecimento e nos saturamos de coisas exteriores, e, muitas vezes, nos sobrecarregamos de superficialidades e inutilidades.<br />
Quanto mais distante de nós mesmos, mais difícil a nossa libertação das masmorras da ignorância. E, por tal, mais afeiçoados a nossos erros, mais corrompidos por nossos vícios e males.<br />
<br />
S. Quimas<br />
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