domingo, 7 de setembro de 2014

Eu sou sonho



Eu sou sonho.
Descabidamente sonho,
Irrevogavelmente...
Sonho.
Filosofo quimeras,
Cuspo na língua quando me aprouver,
Rimo quando quero
E, às vezes, até faço poesia.
Há quem me creia terrível.
Sou.
E se o sou não é por prevaricação,
Mas por toda a cadência poética de minha alma.
A humanidade se curva para os grandes.
Onde estão todos?
Não há grandeza nessa geração.
Se peneirarmos, o diamante será pedra,
Pedra sem qualquer valor.
Há os medianos,
Mas os imensos, deuses, não.
A esperança está nos demônios,
Em criaturas ensandecidas.
Mas melhor assim,
Pois as beatas e os carolas só repetiram rezas.
Melhor assim.
Não há o que se duvidar
Que melhor é a embriaguez
Do que toda a estúpida sabedoria
— se o é—
Desse mundo torpe.
Por agora faço versos,
Noutra virei por aqui com espadas.
Aí me aturem!
Pois cortarei legumes
E farei uma sopa
E servirei aos indigentes de alma.

S. Quimas

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