quarta-feira, 29 de abril de 2015

Esvair

Por do sol


Quem puder, siga.
Quem não, aguarde.
Quem for dia, nasça.
Quem não,
Seja tarde.
Ainda possam todos
Serem noite e estrelas,
Manto negro e luzes.
Sonho e viver
O que há.
Sejam alimento do vazio
De uma vida a alimentar.
O poema não tem fim,
Rompeu-se a inspiração...
Morreu em mim
Qualquer razão
De assim continuar.
Se foi e eu a desejo,
Não pelos versos,
Não por isso,
Mas porque me sinto vivo
Pelas bobagens que digo.
Contudo, deveras tudo passa.
Acharei desse momento
Imensa e total graça,
Apesar do pranto
Que nem choro,
Pois choraria
Se todas as minhas lágrimas
Não se tivessem em deserto
Copiosamente se transformado.

S. Quimas

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2 comentários:

JOSÉ ROSÁRIO disse...

Muito belo!
Tem os sentimentos de todos!

S. Quimas disse...

Grato, José Rosário.
Luz e paz. Um abraço.