quinta-feira, 17 de julho de 2014

Que criatura sou eu

Abismo Verde · Giulio Aristide Sartorio


Que criatura sou eu
Que faço de versos o que sinto?
Sou como todos,
Pois minha alma encarna a humanidade.
Nos meus versos digo tudo
E nada.
Nada que não queira confessar.
Versos brotam da alma.
E quantas almas leem
Os versos que faço?
Quem os compreende?
Quantos os que realmente sentem?
Alguns. Apenas uns poucos...
Rara é a alma que é sensível,
Rara, pois aqui é um mundo de coisas,
Coisa ali, coisas aqui, mas só coisas.
Não estão usando o verbo “coisar”?
O ser humano não tem dele compreensão
Que não seja coisa.
Que coisa?!
Acredito que possamos dar um passo,
Oxalá! Não seja para o abismo.
Mas se para o abismo for,
Que antes
Criemos asas.

S. Quimas

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