terça-feira, 15 de julho de 2014

Eu quero ressuscitar eu mesmo



Eu quero ressuscitar eu mesmo,
Ainda que com todos os meus defeitos abjetos,
Pois quero em mim o que seja humanidade.
Não essa, mas a minha própria.
Quero louvar o meu deus-homem,
Enquanto homem, a Luz que me é.
Quero, por mais medonhas, as trevas
Daquilo que sou em verdade
E não a dissimulação dos tantos,
Que covardes, aparentam,
Fingindo o que não é.
Quero o inferno de saber-me pequeno,
Porém existente. Total em minha pequenez.
Não desejo glória, nem os prêmios do mundo:
São falácias, encantamentos do abismo.
Prefiro as arestas da vida,
Os grãos que recobrem os muros.
Não me importo se minha carne se dilacera.
A carne pertence ao tempo.
Eu? Eu pertenço à Eternidade.


S. Quimas

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