sexta-feira, 25 de julho de 2014

Humanidades

Édipo e a Esfinge - Jean Auguste Dominique Ingres


Nada é mais lúdico do que a certeza do excremento. Quanto mais vil e vilipendioso, mais afinado à alma que sonha em beber urina e consumir fezes.
São gargantas famintas de lixo, pois seu menu diário se baseia na aspiração mais profunda do desespero de sua autoimagem deteriorada pelo imenso condicionamento sofrido, na aceitação da comodidade de não pensar.
O resolver alheio é lição vaga, mas melhor é a acomodação do que a autocriação, ressurgir-se e assumir a própria loucura e não ter medo dos monstros que habitam os porões da própria alma.

S. Quimas

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