quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mídia é "negócio"

Rembrandt - Autorretrato


Mídia é "negócio" e negócio não tem a necessária idoneidade para se apresentar como fonte de verdade.
Numa caixa de morango, os mais belos, os atraentes, sempre serão os que ocultam os que não são tão assim. Malícia? Talvez, não. Sobrevivência e aproveitamento. Quem compraria os menos vistosos?
No jogo da ganância velada e da servilidade ao interesse do patrocínio, melhor o pelo do saco de quem sustenta a riqueza pessoal construída em cima da excomunhão da consciência, do que a exposição do fato.
Não que por si só a mídia seja responsável pela manipulação das massas, na realidade, as massas anseiam pela manipulação, pois não querem o desconforto do juízo próprio, o trabalho da reflexão, daí o sucedâneo de drogas, que por preconceito e falta de consciência passa a ser ópio aceito sem restrição.
Um dia descobriremos o sentido da vida e veremos que ainda que tenha ela sentido, finda. Torço para que sejamos eternos, só pela sacanagem de percebermos a basbaquice que vivemos devido a ideias que não nos pertenciam, pelas muitas ilusões plantadas em nome da dominação e que aceitamos como verdades fossem, incólumes, porque quase todo o restante do gado assinalou que assim fosse.
A verdade não é reta, é a real presença de si mesmo em si e em cada vivência. Constantemente se transforma e se amplia. Contudo, é acima de tudo possibilidade, transformação.
Agora é... Depois, possa ser o mesmo, ou não.
O limite da consciência, o seu infinito, se resume na constatação da ignorância temporal.
Na pré-história só havia barriga e sexo. Alguém resolveu fazer arte. Louco, insano. Pois é. Tabu.
Arte é assim, divergência de conteúdo. Começar um texto sobre mídia e encerrar na humildade de conceber possibilidade. A única certeza? A mesma de uma partitura em branco, uma tela, uma página... E tudo que se possa imaginar.

S. Quimas

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