sábado, 23 de janeiro de 2016

Eu quero me matar de sorrisos

Ivan Shishkin - Manhã Enevoada

Eu quero me matar de sorrisos
E tantos deles que me alucinem.
Não quero ser nada razoável
De tudo o que não seja eu mesmo.
Não quero acordar cedo,
Mas quando acorde,
Que levante embriagado de vida.
Quero tanto
E sou apenas tão somente mero:
Tudo o que fui,
O que sou
E o que viverei.
Em mim não há razão,
Somente a embriaguez dos meus dias,
A companhia de um porvir
Imaculado como uma hóstia.
Contudo, a hóstia é ceia
E devo provar o cálice,
Finda a reunião, do meu sacrifício.
Por que chamar de paixão
Um destino de morte.
Há quem se apaixone
Por tal sinistra sorte?
Sei não. Poesia é quimera,
Coisa de estúpido,
De quem não vive a verdade,
Essa estupidez desse mundo.
Um desigual,
Onde todo o sentimento é proibido,
Onde amar não é sentido,
Mas renúncia à verdade.
Enfim... Onde tudo tem que ser
Exatamente o que é.

S. Quimas

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