quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Minha mensagem de fim de ano

Édipo e a Esfinge - Jean-Dominique Ingres

As pessoas não importam em minha vida, mas todos os "seres" que inundaram minha vida, sim. Pessoas são estereótipos, presas e ilhadas em sua manifestação consentida de não serem nada mais do que o fluir da repetitividade. Há mesmo os "inofensivos", estes talvez os piores, pois que nos fazem acreditar em comportamentos de acordo com o "aceitável".
Os imensos neste mundo sempre quebraram regras. Cuspiram chamas de ideias e ideologias que provocaram a transcendência. Não comiam marmitas, já que muitas vezes sequer tiveram alimento para preenchê-las.
Hoje são heróis, santos, alçados pela hipocrisia a tal. Contudo, enquanto viveram eram hostilizados, execrados por muitos, ou pela quase totalidade.
Gente que transforma o mundo muitas vezes o transforma em silêncio, com exemplo e não com tagarelices. Não são somente as palavras, porém as ações. São os pequenos gestos no dia a dia, todas as ações e pensamentos.
O modo como agimos no mundo é o que de fato importa. Não que sejamos perfeitos. Não somos. Nem para nós mesmos.
Somos eivados de dúvidas, de insuficiências. Muitas vezes torturados por coisas menores, mas que para nós são importantes. Que seja. Cada um de nós dá a importância exata àquilo que se apega em si ou além.
Há um sentido quase tangível em nossas aspirações, em nosso faminto devir. Só que ele não acontece e morremos como almas buscando a imensa realização de nossas possíveis realizações. Perdemo-nos no eterno presente, barganhando com um futuro que jamais vem.
Que aceitemos nossos limites e vivamos este exato momento, e meditemos que é exatamente “tudo” o que somos e o que nos pertence. Claro, tenhamos esperanças e jamais nos imobilizemos frente à desventura. Sempre temos por aqui passado adversidades, mas não sejamos soberbos justificando derrotas causadas por nosso consentimento.
Avaliemos nossa vida, não com temores em face ao erro, nem na pressuposição de que muitas vezes tombamos à nossa inércia por coação das circunstâncias, porém por que cedo nos rendemos.
Chega de “tudo”, aprendamos a sermos absolutamente “nós”.

S. Quimas

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