terça-feira, 24 de maio de 2011

Erótico Country

Sempre foi um moleque levado, desses que nem o capeta segura. Rodava pela fazenda só realizando trapalhadas. Espalhava as vacas, corria com os cavalos e estes acabavam por atropelar a lavoura e destruir canteiros e mais canteiros de plantação. Tomou muita surra, mas nenhuma emenda.
Um dia descobriu o sexo no galinheiro. Uma a uma das galinhas levou para o coito e como era de se esperar, para a morte. Nascera bem dotado e não havia cloaca que lhe resistisse à penetração.

Percebeu que passava a chamar à atenção a morte constante das galináceas e passou a atacar as cabritas. Fornicou com todas, mas preferia a Amorosa, que de tão mansinha, fazia jus ao nome que recebera.
Desde essa época já não se via mais o corisco a aprontar suas artimanhas pela fazenda. Todos estranharam, mas deram graças aos céus por aquele capeta ter parado com suas perversidades. O filho do Cão encarnado mal chegava da escola, engolia a comida, rabiscava seus deveres e tomava o rumo do cercado. Olhava ao redor e não vendo alma, trazia para a moita a Amorosa e penetrava-lhe com prazer o sexo, feito bode de duas patas, tomado de incontrolável cio.
Foi assim por muito tempo. Ficando moço, dezesseis para ser mais exato, resolveu dar outro rumo em sua vida e tendo uma tia na cidade, pediu-lhe pouso, com o fim de completar seus estudos em uma escola mais aparelhada do que a vizinha à fazenda.
Foi recebido com afeição pela parenta, senhora viúva e mãe de duas mocinhas gêmeas, que a pouco haviam debutado. Passou a residir ali em um quarto reservado, fora da construção principal, que havia antes, na época do finado, sido construído para repouso de visitantes. 
De pronto chegado, logo se engraçou com as primas. Não era mal afeiçoado e certamente não passou despercebido às mocinhas. Contudo, tentou ser circunspeto ao máximo, pois sabia que não deveria causar suspeita sobre suas intenções libidinosas à tia.
Após algumas semanas de sua chegada, já perfeitamente entrosado com o ritmo da casa, passou a fazer a corte às primas, que discretamente, mas sem constrangimento, lhe correspondiam. Foi assim até o dia em que não preso a mais nenhum pudor, convidou a uma delas para uma visita noturna a seu quarto.
Naquele dia cuidou-se com maior zelo. Demorou-se no chuveiro ensaboando-se diversas vezes. Teve ereção, mas evitou a masturbação, pois queria estar com toda a potência para a noite que prometia ser extremamente prazerosa. Encharcou-se do melhor perfume e, após o jantar, pedindo licença, retirou-se para o seu aposento, esperando a visita à hora marcada.
Ficou deitado na cama, ardendo de excitação, lembrando fogueira em festa junina. Passaram-se as horas e do lado de fora da construção só se ouviam os grilos e outros seres da noite. Na hora combinada, ouviu o abrir da porta da cozinha e, depois, passadas rápidas pelo pátio. "Hoje me dou bem!", pensou.
A porta de seu quarto, destrancada, se abriu e um vulto, juntou-se a ele na cama. Manteve as luzes apagadas, para não chamar a atenção da senhora da casa.
Fornicou a noite inteira se esbaldando no corpo solícito que não se esgotava em dar-lhe prazer. 
Pelo meio da madrugada, a visitante retirou-se de seu quarto e tomou o rumo da casa. Dormiu ainda algumas horas e ao acordar, tomou um banho e dirigiu-se para a cozinha, local da casa em que se reuniam para as refeições. Sentou-se à mesa e discretamente procurou um sinal de libidinosa conivência no rosto da prima, que surpreendentemente não manifestou qualquer mudança que apontasse ter cometido com ele alguma coisa repreensível.
Ficou encafifado, mas deixou passar. Apuraria mais tarde. Melhor que fosse assim, com a máxima discrição.
— Tenho hoje para você um bolo especial que fiz com muito carinho, meu sobrinho querido - disse a tia, trazendo à mesa a deliciosa surpresa, enquanto as suas primas se entreolhavam e davam risadinhas em cumplicidade com a mãe, dando a entender o que se passara de fato naquela noite.

Nenhum comentário: