quinta-feira, 12 de março de 2015

Morri...



Morri...
Assim, simplesmente.
Não por covardia,
Mas para abster-me de meus sonhos.
Eram tão imensos.
Contudo, não cabiam nessa vida passada.
Na vida, se cabe,
São as infinitas realidades,
Pior que drogas,
Infinda corrupção de nós mesmos,
Um vender-se ao sortilégio,
Um vaticínio de angústias intermináveis.
Morri, e morreria tantas vezes
Quanto fossem elas necessárias.
Na morte não há silêncio,
Só há a pulsação de um novo útero.
Não há como evitar o infinito,
O eterno reconstruir-se.
Há que se morrer, sempre,
A cada instante, pois esse o Universo.
Depois, incógnita...
Morri...
E renasço a cada verso,
Bem assim, renasço.
Espero que para sempre poesia.

S. Quimas

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