O Menino e o Coelho - Henry Raeburn |
Há coisas em minha vida
Que são totalmente questionáveis,
Mas outras
De uma ponderação
Que beiram filosofia.
Versos tenho feito,
Uns razoáveis, outros nem tanto.
São dizeres,
São todos meus seres
E muitos não.
Uns razão,
Outros utopia,
Como se meus sonhos não sejam
Tão importante quanto
Minhas todas e mais severas elucubrações.
O meu mais reto pensamento
Fala de horas,
Essas todas vividas
E de todos os desejos.
Na praça o pipoqueiro
De gesto leve e sorridente
Serve a criança que já fui.
Tão somente memórias,
Talvez mesmo delírios de um mundo de fantasia.
Eu vejo o menino,
Esse todo que fui,
Busco a ele dentro de mim,
Queria que ele
Não tivesse jamais fim.
O que busco?
O menino caminha
Ainda em alguma estrada
Com seu pacote de pipoca.
Assim, alegre e sorridente,
Como se o mundo fosse esse simples prazer.
Por outro lado, o homem que foi menino,
De tal forma se angustia,
Vive sem viver,
Pois o que possa ser
Mais importante em todo o mundo,
Quiçá no Universo,
Do que simplesmente
Um pacote de pipoca?
Meramente isso,
Juízo do homem,
Essência do menino.
Como posso amá-lo menos,
Tamanha a sua simplicidade,
Tamanho o desejo por pipocas.
O menino vai,
Assim caminhando,
Meio que dançando pela estrada da vida.
Vai deixando cá,
Uma trilha de muitas feridas.
Porém, ainda quero vê-lo novamente
Com seu pequeno pacote,
Onde cabem as maiores delícias do mundo.
S. Quimas
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