Não se ponha palavras
Na boca de incertezas
E, jamais, da confiança,
De nenhum absoluto.
Palavras são imponderabilidades,
Instrumento de capeta
Na construção do pensamento,
Matéria imponderável,
Volátil como nuvem.
Imagem diáfana
De um tão somente
Eterno agora.
Não há ciência,
Jamais houve filosofia,
Não há senão proposições
E assim nasceram os sofismas.
Tudo se move,
Essa a Lei — ou não.
A dúvida move,
Faz da vida rebuliço, busca.
O resto é arapuca dos que se renderam.
Não há preciosidade,
Há o quê cabe no momento:
Seja veneno,
Seja alimento,
Seja poesia apenas.
Razão como flor
E como flor expressão completa,
Com todos seus pseudos nomes,
De tudo que fingimos importância,
Mas que se leve da vida,
Apenas... Ainda... Admiração.
S. Quimas
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