Toda a bússola
Aponta para o norte,
Mas a da minha vida
Não.
Sou barco incerto,
De rota imprecisa,
Que se arremessa ao mar
Tendo por destino
Os sonhos
E todas as fantasias.
Meu alimento
É a poesia
E se vazarem minha carne,
Verão que em minhas artérias
O que flui não é
Sangue,
Mas sensibilidade.
Meu pensamento
Pensa o mundo inteiro
E tudo o mais
Que caiba
Em meu coração,
Que é do tamanho
Do Universo todo
E muito mais além.
A minha dor
É imensa,
Mas maior ainda
É a minha capacidade
De amar,
De me entregar
Por completo
A tudo o que fizer
Morada em minha alma.
Sou a cruz
E o caminho ao Calvário,
Os ombros que a carrega
E as mãos que suplicam,
E aquelas que amparam
Na queda.
Sou o algoz
E o imolado,
O Cristo
E o crucificador.
Enfim, sou Tudo,
Sou poeta.
S. Quimas
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